terça-feira, 31 de março de 2009

Paperstone - Material para tampos - Green Product!

Aplicação do Tampo "Paperstone"

Fui na Feicon e na Kitchen & Bath semana passada buscando inovações e novos materiais que colaborassem com uma construção green e sustentável. Vi algumas novidades, que vou apresentar por aqui depois, mas procurei algo semelhante ao "Paperstone" e não encontrei em nenhum fabricante ou importador que o representasse ou que possuísse algo parecido.

Estas superfícies podem ser usadas em cozinhas, banheiros ou tampos comerciais.

Os tampos "Paperstone" são fabricados com 100% papel reciclado, que pode ser 50% de misturas de papel ou 100% de papel de escritório. Ele é impermeável e pode ser cortado e manufaturado por qualquer marceneiro com bom maquinário. Não tem nenhum componente de petróleo, somente resinas a base de castanha de caju (!).
Resinas de Fabricação - Produzidas com Castanhas de Caju - Produto que é abundante no Brasil!
Vem em várias cores, apesar de amarelar um pouco ao longo do tempo, como qualquer produto que contém celulose. O fabricante indica a manutenção a cada dois meses com óleo de linhaça. Não é indicado a cortar diretamente em cima (não tem problema usarmos uma tábua, não?), mas resiste bem a manchas de limão e vinho tinto, ao contrário dos tampos de granito. Ele pesa bem menos que um tampo de granito ou Corian e pode ficar com balanço de até 1,20m sem apoios. Bem interessante para colocação dos armários.

Bordas prontas dos tampos. Foto: http://www.paperstoneproducts.com



Este tampo é a unica superfície sólida certificada pelo "Smartwood", programa da FSC que certifica madeiras.



Por possuir 100% de material pós consumo, ele entra como um execelente material para pontuação no LEED. No entanto, a localização da sua fábrica (Hoquian, cidade a 185km de Seattle nos EUA) acaba fazendo com que se inviabilize este produto por aqui, ao menos por enquanto.



Sua matéria prima está em qualquer lugar, nas nossas lixeiras de casa e do trabalho. É só questão de querer para podermos inovar. E a Castanha de Caju, convenhamos! Mais brasileira, impossível!



Para quem quiser ver os padrões de cores, que variam conforme as fibras usadas na produção:



http://www.paperstoneproducts.com/pdfs/PS_Colors_CompleteGuide.pdf



Fontes:
David Summer
Manager-Contractor Sales Division at Kitchen Village; Consultant.
http://www.paperstoneproducts.com/
Imagens - Paperstone

sexta-feira, 27 de março de 2009

Água - Capítulo 05: Como reaproveitar?

Além de usar pouco, o ideal é reusar a água já consumida.


Existem várias formas criativas, desde a captação das águas das chuvas, captação da água do telhado, reúso de águas provenientes de máquinas de lavar, torneiras, entre outros.
Para vários fins, a água da torneira, tratada não é absolutamente necessária. Para lavar uma calçada, molhar as plantas e dar descarga no vaso sanitário, pode-se usar uma água coletada e posteriormente filtrada para retirar impurezas e materiais sólidos ou mesmo o tratamento de uma água já utilizada.


Para coleta de água da chuva, temos os seguintes sistemas como exemplo:


- Telhados Verdes: são forrações vegetais, plantadas em cima das coberturas que fazem com que a água da chuva seja captada pelos dispositivos onde estas plantas se encontram e posteriormente podem ser direcionadas diretamente a um duto e uso. Alguns destes sistemas de telhados verdes já fazem a filtragem diretamente no próprio dispositivo, outros necessitam de filtros. Mas em todos os casos, é uma das alternativas mais apropriadas para redução de calor, tanto internamente como na temperatura geral das cidades, proporcionam uma vida e colorido novo ao skyline das cidades e garantem este função de captação da água. Depois é só usar para molhar o jardim, depositar numa cisterna apropriada para fins de uso que não sejam para consumo potável.Componentes do Telhado Verde de Sistema Alveolar:



1- Membrana Ecotelhado anti-raízes (preta 200 micras); 2- Membrana Alveolar Ecotelhado (2 cm) - drenagem e retenção de água; 3- Membrana Filtrante Ecotelhado; 4- Módulo Ecotelhado (8 cm) - evita erosão, a compactação e aeração; 5- Substrato Leve Ecotelhado (1 cm ou mais).


Telhado Verde Instalado no Teatro São Pedro - Porto Alegre - RS


Para ver mais: http://www.ecotelhado.com.br/

- Captação pelas telhas e calhas: a água pode ser direcionada a caixas d´água específicas para este fim, se forem coletadas em telhados. No entanto, alguns tipos de telhas podem ser toxicas (como o amianto). A limpeza constante do telhado, calhas e dutos deve ser imprescindível. Além disso, colocam-se filtros para retiradas das impurezas. É importante dimensionar estes reservatórios para a capacidade de chuvas na região, contar com sistemas hidráulicos, como ladrão, e um sistema alterantivo para épocas de secas.Fonte: http://www.casa.com.br/

Investimentos:
Se fizerem parte do planejamento e budget da obra, pode ficar acessível e bem viável. Os resultados podem ser trabalhados esteticamente e além disso, a constribuição para todos é enorme.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Água - Capítulo 04: Como economizar?

Nem sempre precisamos gastar com produtos novos, apesar de que vários itens ajudam e bastante na economia.

O que pode-se fazer já, hoje, agora é bem simples e ao alcance de todos:

VAZAMENTOS:
Um dos grandes vilões do consumo, pois muitas vezes não percebemos que está ocorrendo. - Fique atento aos vazamentos em pias, chuveiros e vasos sanitários.

NO BANHEIRO:
- Feche bem a torneira após o uso. Em 1 minuto, uma torneira aberta gasta 3 litros de água.
- Mantenha a torneira fechada ao escovar os dentes ou fazer a barba. Uma torneira gotejando gasta 46 litros de água/dia; um filete desperdiça de 180 a 750 litros/dia; e uma torneira jorrando gasta de 25 mil a 45 mil litros/dia.
- Desligue o chuveiro para se ensaboar e reabra para se enxaguar. Evite banhos demorados. O chuveiro aberto durante 15 minutos gasta 60 litros de água.

NA COZINHA:
- Antes de lavar a louça, remova restos de comida dos pratos e das panelas, ensaboe, e só abra a torneira para o enxagüe.

NO PÁTIO:

- Evite lavar as calçadas com mangueira. Elas podem ser varridas.
- Molhe plantas e jardins ao entardecer ou amanhecer. Isso evita a evaporação rápida da água. E utilize regador em vez de mangueira.
- Conserte imediatamente os vazamentos e fugas d´água, trocando as partes danificadas das canalizações. Não faça remendos provisórios.

terça-feira, 24 de março de 2009

Rápidas 03 - New York Times - Escambo




Muito interessante a reportagem do New York Times esta semana sobre o aumento das relações de troca (escambo) nesta época de crise.


Lembro que num Forum Social Mundial em Porto Alegre em 2001 participei de um grupo de discussões sobre o assunto, por curiosidade.


As pessoas apontavam vários pontos positivos (como não ter que desembolsar dinheiro efetivamente, por exemplo), mas as vezes ficavam desapontadas com não concordar com o peso da troca. Claro que tendemos a achar que o nosso produto - que pode ser serviço, objetos, comida, massagens, enfim, qualquer coisa - vale um "x" e o outro talvez seja "x-1", criando uma certa frustação. Com isso, chegaram a pensar em criar cotas de valores fictícios para cada tipo de produto. Mas aí já vira outra forma de dinheiro e não de troca, não é verdade?


No entanto, quando feito através de amigos, conhecidos, isso tende a se tornar mais interessante e a discussão do valor pode ser melhor. Costumo valorizar e incentivar trabalhos de amigos e parentes, achar o máximo cada conquista. Isso agrega um valor extra ao trabalho deles, ao meu ver, e posso com isso até oferecer mais um pouco do meu a eles.


Com minha irmã costumo efetuar este tipo de troca. Ela me dá direito de uso das fotos que ela faz para eu colocar no blog, site e para decorar minhas paredes e em troca estou fazendo o projeto do novo consultório dela. Ambas valorizamos o trabalho, conseguimos material de qualidade e não precisamos desembolsar valores efetivos. E a coisa também não fica de uma via única. Trocar é ótimo quando o ganha-ganha é evidente.


Acredito que quando a coisa parte para fora é mais difícil, mas não impossível de chegar num acordo.


No artigo do NYT, eles citam alguns sites americanos em que as pessoas oferecem seus produtos em troca de outros serviços, como o swaptree.com e o craigslist.com. E eles tem aumentado muito o volume de troca, 40% em relação ao ano passado segundo os proprietários destes sites.


Aqui no Brasil, tem o site Xcambo. Eles até dão uma "aulinha" inicial sobre o que é o escambo e comentam que o melhor é indicar amigos e amigos de amigos para as trocas. Se funcionar é bem interessante mesmo. http://www.xcambo.com.br/.


Um comentário ótimo da Alina, reporter do NYT, é de que ela gostaria de ser massagista na próxima vida, pois parece que qualquer pessoa troca qualquer coisa por uma boa massagem... Verdade, hehehe...






segunda-feira, 23 de março de 2009

Água - Capítulo 05: Reaproveitamento

Além de usar pouco, o ideal é reusar a água já consumida.



Existem várias formas criativas, desde a captação das águas das chuvas, captação da água do telhado, reúso de águas provenientes de máquinas de lavar, torneiras, entre outros.


Para vários fins, a água da torneira, tratada não é absolutamente necessária. Para lavar uma calçada, molhar as plantas e dar descarga no vaso sanitário, pode-se usar uma água coletada e posteriormente filtrada para retirar impurezas e materiais sólidos ou mesmo o tratamento de uma água já utilizada.

Para coleta de água da chuva, temos os seguintes sistemas como exemplo:

- Telhados Verdes: são forrações vegetais, plantadas em cima das coberturas que fazem com que a água da chuva seja captada pelos dispositivos onde estas plantas se encontram e posteriormente podem ser direcionadas diretamente a um duto e uso. Alguns destes sistemas de telhados verdes já fazem a filtragem diretamente no próprio dispositivo, outros necessitam de filtros. Mas em todos os casos, é uma das alternativas mais apropriadas para redução de calor, tanto internamente como na temperatura geral das cidades, proporcionam uma vida e colorido novo ao skyline das cidades e garantem este função de captação da água. Depois é só usar para molhar o jardim, depositar numa cisterna apropriada para fins de uso que não sejam para consumo potável.
Componentes do Telhado Verde de Sistema Alveolar:


1- Membrana Ecotelhado anti-raízes (preta 200 micras);
2- Membrana Alveolar Ecotelhado (2 cm) - drenagem e retenção de água;
3- Membrana Filtrante Ecotelhado;
4- Módulo Ecotelhado (8 cm) - evita erosão, a compactação e aeração;
5- Substrato Leve Ecotelhado (1 cm ou mais).




Telhado Verde Instalado no Teatro São Pedro - Porto Alegre - RS




- Captação pelas telhas e calhas: a água pode ser direcionada a caixas d´água específicas para este fim, se forem coletadas em telhados. No entanto, alguns tipos de telhas podem ser toxicas (como o amianto). A limpeza constante do telhado, calhas e dutos deve ser imprescindível. Além disso, colocam-se filtros para retiradas das impurezas. É importante dimensionar estes reservatórios para a capacidade de chuvas na região, contar com sistemas hidráulicos, como ladrão, e um sistema alterantivo para épocas de secas.
Fonte: www.casa.com.br



Investimentos:

Se fizerem parte do planejamento e budget da obra, pode ficar acessível e bem viável. Os resultados podem ser trabalhados esteticamente e além disso, a constribuição para todos é enorme.














Água - Capítulo 03: Como usar?

Agora sim, abrimos a torneia e pronto! Água limpinha e potável...
Mas como usar de forma adequada, sem sentir que estamos abusando?


Bom, além de algumas dicas básicas e baratinhas de uso racional (no próximo post!), podemos também pensar em sistemas hidráulicos, equipamentos, torneiras, vasos sanitários e chuveiros mais eficientes.


Hoje, algumas empresas nacionais que trabalham com metais para banheiro e cozinha estão com linhas mais "verdes". A Deca e a Fabrimar, por exemplo, tem linhas mais econômicas e dispõem de informações em seus sites sobre consumo de água, reduções e dicas bem interessantes. No da Lorenzetti não encontrei nenhuma informação sobre redução de consumo e linhas especiais, bem como na da Rubinettos. Se possuem, não estava claro e explícito de forma fácil ao especificador e ao consumidor.


As fontes variam um pouco quanto aos dados (que variam tb bastante em função do padrão, hábitos de consumo, entre outros). Mas com estes números já podemos ter uma boa noção de onde se gasta mais:


Fonte: Fabrimar - http://www.fabrimar.com.br/



Fonte: Deca - http://www.deca.com.br/

Ao que interessa!
Na simples troca das saídas de água dos metais de banheiros e cozinhas já se tem uma grande economia. Segundo um dos fabricantes (Deca), com o uso dos dispositivos economizadores de água, consegue o seguinte:
TORNEIRAS DE LAVATÓRIOS - Num consumo de 5 minutos, em alta pressão, passa-se de 3.750 litros a 1.200 litros, com redução de 68%.
TORNEIRAS DE TANQUES E JARDINS - Para consumo de 15 minutos, a redução é de 11.250 litros a 3.600 litros, também equivalente a 68%.
CHUVEIROS - Um dos maiores vilões do consumo, pode ser reduzido em 74%. Um banho de 10 minutos consome 9.000 litros, com o redutor, pode consumir 2.400 litros no mesmo tempo. O problema é ficar tão pouco...
MISTURADOR DE COZINHA - 30 minutos de uso contínuo gastam 27.000 litros. Com o dispositivo, este número baixa para 5.400 litros, gerando economia de 80%.

A Fabrimar diz em seu site, que a redução média com uso dos produtos "Acquamagic", no mercado desde a década de 80, é de 70%. Ou seja, promessa bem próxima do concorrente.


Estes produtos podem custar mais inicialmente, gerando um pequeno aumento no budget inicial da obra. Ainda que considerarmos que estes valores estejam um pouco supervalorizados, digamos que uma redução de 40% ou 50% já valeria a pena o investimento.


Para se ter uma idéia, uma torneira Deca para jardim modelo Max 1152C34 sem arejador custa R$ 49,10 e o mesmo modelo com arejador sai por R$ 53,00 na C&C - http://cec.com.br/. O consumo mensal sem arejador é de R$ 12,93 e se usar o arejador R$ 4,14! Se estiverem com os dados corretos, em menos de 15 dias de uso já se paga esta diferença. Mesmo que fosse em seis meses ou um ano, acredito que valeria a pena...

Torneira Deca modelo "Max DN15/20 1154C34" com arejador.

Torneira Deca modelo "Max 1152C34" sem arejador.


Tem ainda os modelos mais sofisticados, com sensores eletrônicos, que dispensam o acionamento manual e garantem um tempo específico de uso. Alguns pesquisadores são críticos destes dispositivos, pois a pessoa poderia usar menos tempo ainda... Mas acho que é uma boa em locais de uso constante e intenso.


O mesmo conceito vale para as válvulas de descarga com "numero 1 e número 2". Fica na consciência de cada um usar o que é realmente necessário...








Torneira Eletrônica de Banca Anti-vandalismo Elétrica Vision Ref. 1195-EL-AV da Fabrimar.

Água - Capítulo 02: Como chega até nós?

Ok, temos água doce. E como chega na torneira?
Em geral (e idealmente), a água passa por uma série de etapas e processos até chegar ao consumidor final. Por mais limpo que seja um manancial (nome técnico para reservas hídricas ou fontes de água: lagos, rios, ...), sempre deve haver tratamento.
O tratamento efetivamente inicia no próprio manancial e sua preservação e trabalho preventivo garante a qualidade da água. Quanto mais degradado com poluição, mau uso, ocupação indevida do solo, despejo de esgotos, erosão, desmatamento e atividades industriais ou agrícolas mal planejadas, mais difícil para tratar. Com isso perde-se mais um ponto de água e deve-se buscá-la mais longe, encarecendo todo o processo.
A fase inicial é a Captação. A empresa ou órgão responsável pelo tratamento em cada cidade, executa nestes pontos de coleta análises periódicas que indicam como está a saúde da água na fonte e assim, tomar as precauções necessárias para torná-la potável. O tratamento efetivamente inicia no próprio manancial e sua preservação e trabalho preventivo garante a qualidade da água. Esta captação é feita pelas Estações de Bombeamento, onde a pagua passa por um gradeamento em que os sólidos de maior tamanho são retidos. Dali, vai para as Estações de Tratamento.
De forma resumida, em geral o processo de tratamento consiste nas seguintes etapas
1 - Captação
2 - Floculação
3 - Decantação
4 - Filtração
5 - Desinfecção ou Cloração
6 - Alcalinização
7 - Fluoretação
8 - Distribuição .
Vale a pena dar uma olhada na animação feita pela Sabesp com todo o processo:
http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=4&proj=sabesp&pub=T&db=&docid=600967CDD4F6B9C0832571AE0059F4A4.
Depois, a água segue para os depósitos de armazenagem e distribuição, chegando nas caixas d´água e torneiras.
Caixa D´àgua da Hidráulica Moinhos de Vento em Porto Alegre - RS
Fonte: http://media.photobucket.com/


Nossa parte é manter nossos depósitos particulares o mais limpos possíveis, cuidar para não termos vazamentos (causadores de grandes disperdícios, as vezes invisíveis) e usá-la da forma mais racional possível... Isso é assunto do próximo post!

Água - Capítulo 01: De onde vem?

Já que ontem dia 22 de Março foi o Dia Mundial da Água, achei que era interessante pesquisar um pouquinho mais...

Água, água, água... Está no mar, no céu e na terra.


Foto: Juliana Dreyer


O que faz a terra azul são suas águas, num volume de 1.384.120.000 km3. Parece muito, mas deste volume a distribuição é em média:

- 97,5% água do mar - salgada, imprópria para consumo.
- 2,5% próprios para consumo.



A maior parte da água potável encontra-se em forma subterrânea e locais de difícil acesso. A água mais fácil e acessível significa apenas 0.02%, ou menos: muito pouco para todos se não usada de forma adequada. E a perspectiva é de que até a década de 2050, o acesso a água seja insuficiente para 24% da população mundial!


Fonte: http://ga.water.usgs.gov/edu/waterdistribution.html



Mas aqui no Brasil, podemos até dizer que somos privilegiados em quantidade disponível de água doce se compararmos com outros locais pelo mundo afora. Temos:

- 14% dos recursos hídricos do mundo;

- Destes, 80% encontram-se na amazônia e o restante dividido pelo país.

- São estes 20% que abastecem 95% da população... E aí que temos problemas.

Fonte: http://www.fabrimar.com.br

Para chegar na torneira limpinha e cristalina, o processo é longo, caro e com certeza não será disponível desta maneira para sempre. Não é fácil a captação, tratamento, armazenagem e distribuição (este processo será descrito no capítulo 02 deste post).


Fontes:




quarta-feira, 18 de março de 2009

Luzes!

Um dos fatores que mais entram na pauta de uma construção sustentável é com certeza a energia consumida. Os prédios hoje consomem 30% do total de energia produzida e 60% da parcela de energia elétrica. O consumo global de energia anual tem uma perspectiva de aumentar até a década de 2030 em 62%. Atualmente está na faixa de 500 quadrilhões de BTU´s. Para se ter uma idéia, na década de 80 este valor estava em menos de 300... Andamos rápido, consumimos mais rápido ainda e as fontes não são infinitas.
E deste total de energia, dividida entre equipamentos, máquinas, utilitários, aquecedores, boa parte é proveniente da iluminação (em torno de 34%).

Como arquiteta, sei o quanto é importante e até mesmo fundamental o uso da luz, ou seja, um adequado projeto de luminotécnica como aliado a uma boa qualidade da arquitetura. Além de colaborar com itens básicos das nossas atividades como iluminação e segurança, a luz destaca, valoriza e mostra ao mundo um bom projeto (ou não!). Existem milhares de bons exemplos de como a luz incrementa um projeto. Basta ver a nova Ponte Octavio Frias de Oliveira em São Paulo, um museu com destaques adequados nas obras e até mesmo o abajourzinho ao lado da cama para lermos à noite, é aconchegante, não?


Não temos que abrir mão das "facilidades da vida moderna", nem deixar de fruir o belo para vivermos de forma mais sustentável, menos agressiva com o ambiente. Felizmente existem algumas alternativas que podem ajudar e diminuir um pouquinho esta contribuição.

Cada vez mais os fabricantes de lâmpadas, produtores de luminárias e designers especializados na área estão desenvolvendo produtos e até mesmo novas experiências relacionadas à iluminação que consomem menos e com excelente qualidade visual. Não precisamos mais usar somente as fluorescentes tubulares com aquela luz fria e branca, que deixa todos com aspecto pálido e sem graça. Além disso, em termos de sustentabilidade, não é somente a potência nominal da lâmpada que entra na conta, mas também como é a eficiência da luminária em que ela está inserida, qual o seu ângulo de incidência, se ela está posicionada de forma que provoca poluição visual, se emite raios UV e por aí vai. Por isso, vale a pena entrar em contato com profissionais especializados, para ver se o produto é de qualidade e se vai realmente durar tudo aquilo que promete.



Os LED´s (Diodo Emissor de Luz em inglês) são uma boa alternativa econômica para iluminação pontual, balizadora, de efeitos de "wall wash" (banho de luz na parede ou superfície vertical) e hoje até mesmo iluminação ambiente geral. Seu consumo fica em torno de 1W a 4W para a maior parte das lâmpadas de uso interno e hoje já vem com spots especiais, cores diferentes e sistemas de iluminação que fazem os LEDs terem infinitas combinações de tons e nuances. A Philips tem vários tipos de aplicação, sendo que um é o novo "Living Colors" (versão normal e "mini"), para decoração. Ele possui quatro diodos (dois vermelhos, um azul e um verde) e com isso o fabricante diz ser possível chegar num total de 16 milhões de cores diferentes e com durabilidade de 8 a 10 anos. Para ambientação interna, bem legal mesmo. Caro ainda, mas quem sabe diminui com o tempo?

Outro produto que achei com excelentes opções de aplicação é o Spot LED, que pode ser com um ou dois diodos, com base fixa ou móvel, podendo ser embutido no forro, de sobrepor ou até mesmo de parede (arandela). Cada um consome 4W e tem três opções de cores, dois tons de branco e um azul. Sua vida útil é de 50.000 horas (uma dicróica tem aproximadamente 2000 a 4000 horas úteis de uso) e já vem com o transformador incluído (50-60Hz).

Living Colors da Philips

Uma empresa aqui de São Paulo que desenvolve luminárias, a Clear, tem um pequeno balizador de LED que consome somente 1W e pode ser usado em escadas, corredores e dormitórios como luz auxiliar. Boa opção para quem tem filhos pequenos, por exemplo e precisa deixar aquela "luzinha acesa" durante a noite, sem medo de desperdiçar e gastar tanto. O design é bem moderno e clean, fácil de compor no ambiente.

LED Balizador da Clear

Solução para pequenos locais e bancadas, mas sem trabalho visual, com uso de computador por exemplo: a "DOT-it" da fabricante Osram, que pode ser aplicada com facilidade em qualquer superfície. Sugeri para minha mãe testar acima da bancada de trabalho e foi preciso três unidades para dar uma iluminação adequada (sem trabalho em papel, somente leitura da tela com algum conforto). A vantagem é que dispensa instalação e é uma solução rápida.


Já para a iluminação geral, existem hoje mais opções de lâmpadas fluorescentes que fogem dos tubos, ou até mesmo do padrão compacta (aquela que a maioria ainda coloca nas luminárias comuns embutidas antigas, feitas para lâmpadas incandescentes e fica aquele penduradinho saindo para fora, nada elegante, apesar de ser bem mais racional em termos de economia). Boas opções para aplicação residencial: a Mini Twister (de 15W a 42W) da Phlips e a DULUXSTAR Mini TWIST T2 (6W, 9W e 12W) da Osram são bons exemplos. As cores ainda ficam na opção branca e amarela, mas com boa durabilidade (em média de 6000 a 8000 horas dependendo do modelo). Para se ter uma idéia de equivalência, uma fluorescente de 15W equivale a uma incandescente de 75W e a de 42W a uma de 160W e economia de até 80% em relação às lâmpadas comuns. Ambas são boas para iluminação de áreas de trabalho, leitura, cozinhas.

Luminárias "Twist", da Phlips e Osram



O assunto é vasto... Mas algumas coisas já estão com fácil alcance. Bom dar uma olhada nos sites;
http://www.osram.com.br/
http://www.luz.philips.com/

Clear Iluminação – (11) 3975 4896 / (11) 3978 8549 ou (11) 8474 8137

Imagens dos sites dos fabricantes!

terça-feira, 17 de março de 2009

Caminhando na Chuva

Não... Nada poético este título...

Para quem já se aventurou em uma de nossas capitais à pé em um dia de chuvas torrenciais sabe do que falo.

Hoje fui até a Av. Santa Efigênia, no centro de São Paulo para comprar uma fonte para meu telefone, já que a minha querida cachorrinha achou que o fio era um brinquedinho...

Bom, parti de metrô até lá. Adoro andar de metrô, me sinto integrada com a cidade, super cosmopolita, evitando o trânsito, taxis, etc. Além disso, o metrô daqui é limpo, eficiente e seguro mesmo, apesar de ter poucas linhas para atender de forma adequada a cidade.


Descendo na Estação São Bento (para quem não sabe, bem ao lado da famosa Rua 25 de Março) a chuvinha começou.. Mas bem discreta então.

Como estava no lado da meca das compras, desci a Ladeira Porto Geral pensando que estava com sorte e procurei sombrinhas para comprar, ou guarda-chuvas... Incrível, mas não há uma loja, ao menos nesta rua tomada de comércio, com uma lojinha sequer que venda uma sombrinha. Acho que eles devem ter acordo com os camelôs, que chegaram bem rápido vendendo guarda-chuvas pretos e imensos a R$ 15,00 (ainda bem que não comprei, depois achei numa lojinha japonesa aqui perto de casa por R$ 8,00). Apelei para aquelas capas de chuva de plástico. Achei que para aquele chuvisco a coisa seria boa e encarei.


E foi mesmo! Andei as 7 quadras até a Santa Efigênia - capítulo a parte a fauna e quantidade de eletrônicos, videogames, luminárias, fios e tudo mais e gente, muita gente. Procurei uma lojinha que vendesse a determinada fonte (sim! encontrei... se encontra absolutamente de tudo lá). Esperei descer do estoque, notinha, e me fui. Quase que esqueço a capa de plástico mágica no balcão, mas voltei e pedi para o cara tirar do lixo - comum - já estava lá!!!.

Fui, atravessei, passei pelo lado do viaduto... E aí que a coisa começou... Corri para o metrô, entrei, fiz a baldeação para a linha verde e pronto... Já estaria em casa em 15 minutos. Quando desço, ou melhor, subo da estação para a rua - O caos formado! Não tinha como entrar ou sair, da estação, muita gente molhada, se acotovelando, enfim...

Saquei minha capinha olhando para os lados e me achando a maior esperta do mundo. Pensei que a água seria fichinha como no centro... Que nada! Foram quatro quadras de horror! Vi aquela massa de nuvem preta chegando no final da Paulista e pensei: "vai dar".... Aí que vi o problema do lixo nos bueiros, nas ruas, bitucas de cigarro, restos de comidas, tudo numa sopa de rio de água marrom correndo. Semáforos estragados e os carros mega estressados. Incrível, mas parece que tem uns que fazem questão de passar pelas poças d´água quando tem gente na calçada... Mas hoje isso não fazia a menor diferença, a água ia por tudo...

O engraçado é ver a solidariedade e até mesmo bom humor do povo que está a pé, na mesma encrenca! Cada um se olha no meio da corrida e dá aquele riso dizendo:"eu sei o que você está passando, mas vamos lá". Eu estava até feliz, pois já estaria logo em casa, com possibilidades bem reais de um banho quente e chá verde, mas e aqueles que tem que ir até Guaianazes encharcados? Parabéns ao povo, são valentes mesmo.... Hehehehe... Aqui na minha rua, nada diferente do estava na Paulista, cascatas nas escadas das casas (desculpem a aliteração, mas era isso mesmo) e as assustadoras bocas de lobo, gerando redeminhos no meio do riacho que se tornou o meio fio.

Cheguei bem, sã e salva... Mas vi que não temos infraestrutura que aguente 30 minutos de água mais forte, ou dois dias de calor intenso, ou mesmo 2 meses sem chuva... Se não colaborarmos, a água nos leva mesmo...

Ah, o fio custou R$ 25,00, dois passes de metrô, uma capa de chuva - que resistiu e será usada novamente- e esta história. Não comprei a sombrinha, não iria adiantar mais nada... Hehehe...


ps: desculpem as fotos horríveis, do celular, mas tive que registrar.

Aqui na 25 de Março, ainda achando tudo muito "engraçadinho".

Vista do viaduto Sta. Efigênia e Av. Prestes Maia - Nuvens à vista

Rio de lama na Rua Pamplona - a água ia até o joelho em algumas partes Escadaria inundada Cachoeira na esquina Panelão (alguém conhece aquele de Nova Petrópolis no RS? Pois é...) Not so happy right now...

Rápidas 02 - Moma


Muito legal a nova formatação do site do "The Museum of Modern Art de NY - Moma".


O Museu possui um dos acervos mais incríveis da arte moderna, seção de design e arquitetura, além de palestras, filmes, comunicações multimídea e publicações. Imperdível mesmo para quem tiver a oportunidade de visitar.


Mas para quem não pode estar fisicamente presente (maior parte de nós), o site fornece tours virtuais bem interessantes e várias ferramentas de conexão com o público. Isso se dá através de várias mídias sociais, como comunidades do MOMA no Twitter, Facebook, YouTube, iTunes U, and Flickr. Ali eles permitem que os usuários dividam as suas experiências artísticas, percepções e opiniões.


Além disso, há uma seção em que se pode gravar vídeos e audios. O mais interessante é a possibilidade de publicar as fotos pessoais das obras tiradas dentro do museu e publicá-las no site.

Isso gera uma maior interação entre público e museu, facilita o acesso de quem não tem, aproxima as pessoas do mundo artístico.


Muita gente que gosta de arte acaba não tendo acesso ou mesmo se intimidando com o ambiente de um museu, suas regras, preços, horários. Nada vai substituir olhar uma obra ao vivo, mas como uma base para educação e facilitador de inclusão é super válido.


Boa iniciativa mesmo.


http://moma.org/


A propósito: o nosso excelente MASP aqui se São Paulo ainda não chegou com este grau de aproximação em seu site, mas lá pode-se ter informações seguras sobre horários, eventos e cursos. E para quem não sabe, nas terças-feiras é gratuito!


http://masp.uol.com.br/


Aproveite!

Fotos: http://moma.org/

A dica deste post foi do Pedro, meu marido. Ele é um super entusiasta da WEB 2.0 e acabou me trazendo para este universo. Vejo no meu dia a dia o quanto que as mídias sociais realmente podem ajudar (e muito) em todas nossas atividades, sejam elas profissionais, recreativas, de interação. Para saber mais desta área, vejam o blog dele: http://eshopperblog.blogspot.com/

Tks, Pê!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Ana Dreyer Arquiteta LEED AP: Você viveria num container de navio?

Ana Dreyer Arquiteta LEED AP: Você viveria num container de navio?

Você viveria num container de navio?

Esta é a pergunta da reportagem de ontem da Fast Company online.

Tidas como baratas, transportáveis e recicláveis as "casas-container" do artquiteto de New Jersey (USA) Adam Kalkin podem se tornar a nova onda em residências pré-fabricadas.
Ele não é o primeiro a executar moradias nestes moldes, outros arquitetos como Jennifer Siegal (http://www.designmobile.com/jennifer.html) and Lot-Ek (http://www.lot-ek.com/) construíram prótótipos e conceitos semelhantes que seriam contra as paredes brancas do modernismo. Mas Kalkin usa este conceito além, em forma de casas de luxo, anexos de museus e também casas para refugiados.

Ele é polêmico em tudo o que faz. Além de arquiteto, é um artista que faz performances, instalações, leituras em eventos de museus e por aí vai. No seu website (http://www.architectureandhygiene.com/main.html), tem dicas desde como lançar uma bola de tênis, até uma seleção de músicas para se ouvir apóis tomar antidepressivos. Seu humor (para alguns algo diferente, maluco mesmo) e inventividade acaba gerando coisas positivas e até mesmo úteis como estes containers.

Esta semana ele saiu num catálogo da Quik Build, que executa casas pré-fabricadas (website: http://www.quik-build.com/). O livro "Adam Kalkin´s ABC of Container Architecture" mostra 32 de suas obras, incluindo a sua própria casa, que é um cottage do século 19 em clapboard dentro de um hangar industrial e um projeto em que um quarto executado num container com paredes hidráulicas de que se abrem e fecham.
A "quik Build" era uma empresa de bom apelo com suas casas modernistas pré-fabricadas, mas foi perdendo seu espaço ao longo do tempo. O preço de seu metro quadrado varia entre U$ 250,00 a U$ 400,00, o que pode ser mais do que uma residência tradicional, com arquiteto e empreiteiro.
Mas tem uma certa onda de pré-fabricados novamente, especialmente estes que se diferenciam pelo design inovador. Ano passado, houve uma exposição no MOMA (Museum of Modern Art - www.moma.org/ ) de Nova Iorque, chamada "home delivery", mostrando as inovações. Um dos curadores da mostra chegou a propor as casas de Kalkin para as vítimas de New Orleans.


O próprio Kalkin nunca havia se visto como um executor de casas pré-fabricadas, até que uma de suas casas em Bunny Lane (http://www.inhabitat.com/2009/03/06/residence-bunny-lane-adam-kalkin/) foi apresentada na capa de uma revista especializada em pré-fabricados.

A pergunta que se faz é se isso realmente é uma alternativa viável para a habitação. Pode ser que sim, porque não?
Fonte:



quinta-feira, 5 de março de 2009

Tendências: Small Homes

Um movimento que cada vez ganha maior visibilidade e adeptos é o das "Small Homes". Numa época em que se combinam a crise econômica mundial, recessão do sistema de imobiliário e aumento da consciência e preocupação com o aquecimento global, estas casas desenhadas com áreas mínimas e sem supérfluos podem tornar-se uma tendência crescente.

A metragem média de uma residência unifamiliar norte-americana era na década de 1980 de aproximadamente 145,00m2. No ano de 2005 este valor passou a 207,00m2 e com tendência de aumentos cada vez mais constantes naquela época.

Casas pequenas não são uma idéia nova, pois é claro que num grande centro urbano a falta de espaço e altíssimos preços já faz com que tenham-se uma inversão deste crescimento. Nem todos podem pagar uma casa grande, muito menos aqui em nosso país (ou mesmo pagar uma habitação qualquer já é um grande feito fora da realidade da grande maioria). Mas a mentalidade de que uma melhor vida, um melhor status está relacionado com o tamanho de suas casas, carros, etc, infelizmente existe. E isso não só pode como deve mudar...

Um dos construtores destas casas é Brad Kittel, que já possuia uma loja de materiais de demolição, como portas antigas e janelas restaurados. Ele não tinha muita saída destes materiais e iniciou a empresa "Tiny Texas Houses" em 2006. Elas possuem estilo de pequenas casas de fazenda, coloridas, com quartos, cozinha e banheiro. Boa parte dos materiais são de reúso, reciclados e recondicionados. A metragem das casas é em média de 33,00m2. E algumas tem metade disso.

A idéia é oferecer um produto de qualidade, mas bem mais barato e alinhado com a idéia de ser mais verde, mais sustentável, sem precisar usar tanto para viver de forma confortável. O movimento das "Small Homes" tem vários adeptos e há anos que vem incentivando as pessoas a mudar um pouco sua forma de pensar a moradia.
A "Small House Society" tem a seguinte lista de vantagens bem humoradas para incentivar esta nova forma de pensar.
Numa casa pequena:
1- Tem pouco espaço para as coisas se perderem;
2- Você consegue passar aspirador de pó mais rapidamente;
3- A taxa de luz é menor;
4- Não tem espaço para móveis que você não poderia pagar de qualquer forma;
5- As famílias passam mais tempo unidas (porque elas não tem outra escolha!).

Este conjunto de fatores (economia, maior consciência, novas necessidades) está fazendo com que tenham-se diminuido a média do tamanho das casas desde o ano passado. Passou-se a ter agora 196,00m2.

Vale a pena ser mais criativo, pensar em melhores soluções com maior racionalidade para os espaços, aproveitamento total do espaço útil de uma casa. Temos ótimos exemplos aqui no Brasil mesmo, basta abrirmos uma revista qualquer de decoração para ver soluções para pequenos espaços, aproveitamento de materiais, uso de elementos que não são usuais, etc. E temos que nos sentir bem com isso, ver que a solução é por aí.

Conforme o grande mestre Mies van der Rohe nos ensinou: "less is more"!

Fontes e Imagens:

The Economist - February 21st

http://www.businessweek.com/

http://www.tinytexashouses.com/



segunda-feira, 2 de março de 2009

Rápidas 01 - New York Times

ENERGIA VERDE - PRODUÇÃO EM QUEDA
A crise chegou para todos, inclusive no setor verde. Mesmo com a promessa de Obama para incremento incentivo às energias green, sente-se uma retração nas indústrias que produzem energias alternativas.
As fábricas de turbinas e painéis solares estão prevendo retrações de 30% a 50% neste ano. Algumas que há dois anos atrás não tinham condições de fazer mais pedidos devido a alta demanda, estão com grande oferta de produtos e facilidades de entrega.
Um bom ponto nisso tudo é que os preços estão reduzindo bastante e tornando-se mais acessíveis. Para os painéis solares, que atinge principalmente o consumidor residencial, seu valor caiu em 25% em seis meses e pode diminuir ainda mais 10% neste ano, segundo o presidente da Associação das Indústrias de Energia Solar dos EUA.
Para recuperar o crescimento neste tipo de produção, seria necessário uma intervenção maior dos programas de incentivo do governo, o que pode fazer com que se estimule novamente o uso destes materiais.

RADICAL - ELIMINE A SUA GELADEIRA
Alguns ativistas verdes estão incentivando a reduzir não somente o gasto geral em energia, descartes, etc, mas também que as pessoas eliminem os refrigeradores de suas casas. Alguns já descartaram o eletrodoméstico e estão usando pequenos freezers e isopores na cozinha para diminuir a sua pegada de carbono. Apesar das justificativas, muitos ambientalistas vêem este movimento como desnecessário e radical demais. Conforme Marty O ´Gorman, VP da Frigidaire, uma geladeira certificada pelo selo americano "Energy Star" de meio metro cúbico, consome 380 quilowatts ao ano, menos que uma secadora de roupas comum.
O que pode-se fazer é reduzir um pouco o termostato de acordo com a quantidade de alimentos guardados. Um bom planejamento tb evita geladeiras cheias demais e desperdícios.
Certifique-se que a rede elétrica está adequada a carga da geladeira, que ela não está trabalhando com temperatura abaixo do necessário e se for viajar, desligue ou deixe no mínimo. Isso ja ajuda e não precisaremos dispensar a água ou cervejinha geladas!