terça-feira, 28 de abril de 2009

Telhados Verdes - 01

Sistema de Telhado Verde



Já falei um pouco aqui sobre os telhados brancos e os verdes. Ambos contribuem para uma melhor performance energética da habitação, sendo que os verdes ganham mais pontos nos quesitos de amenizar o conforto interno e externo, incentivam a vinda de fauna para perto das casas e possuem recursos de adaptação à estrutura existente excelentes.



"Berçário" de testes de plantas



Semana passada, visitei a empresa Ecotelhado, que fabrica sistemas de telhados verdes e consegui ter uma visão mais de ampla destas coberturas.




Os sistemas de telhados verdes tem como princípio isolar o fechamento da cobertura com uma manta anti-raízes, depois um sistema alveolar que retém a água e mais uma manta de proteção. Em cima disso vão placas de material 100% reciclado com aberturas para colocação da vegetação, que deve ser plantada com um composto orgânico especial.




Sistema alveolar + manta + caixa reciclada com composto


Podem ser plantados diversos tipos de plantas e grama, sendo que as de pequenas raizes e mais adaptadas ao clima local são as melhores. A idéia é usar a permacultura como coadjuvante do processo, ou seja, deixar que as plantas naturais do ambiente cresçam. O que conseguir se adaptar na estrutura fica, as que não suportarem as condições serão naturalmente descartadas. A água é usada principalmente nos períodos iniciais de instalação e nas épocas de estiagem.



A água pode ser captada e direcionada para reúso. As próprias placas deste sistema já fazem boa parte da filtragem, facilitando o trabalho restante.




Sistema de Telhado Verde instalado diretamente sobre cobertura de ripas de madeira + telhas convencionais.





Para saber mais:

http://www.permacultura.org.br/

http://www.ecotelhado.com.br/




segunda-feira, 27 de abril de 2009

A casa que veio do lixo

Fachada - Foto: Dave Laurindsen - NYT

Quando a criatividade é colocada a prova, pode-se ter certeza que quase sempre vem ótimos resultados e idéias interessantes. Foi o que fez o artista e construtor Randy Polumbo, na cidade de Joshua Tree, Califórnia, EUA.


Estar - Foto: Dave Laurindsen - NYT

Esta casa, inicialmente um chalé de pedra da década de 30, foi reformada inteiramente em pedras locais, aço e material reciclado.

Joshua Tree dentro da casa em frente a uma parede de garrafas - Foto: Dave Laurindsen - NYT


As madeiras são recicladas, todos os móveis de reúso, comprados em vendas de garagem ou arremates no e-bay. Até os eletrodomésticos que não funcionavam mais viraram outros objetos, bancadas e utensílios.


Parede de Garradas de Tequila no Banheiro - Foto: Dave Laurindsen - NYT

Vários insights bem interessantes para quem quer reformar sem gastar tanto, ser criativo, reinventar usos.



Vejam o vídeo!!!
http://www.nytimes.com/interactive/2009/04/08/garden/joshua-interactive/index.html




Fonte: http://topics.nytimes.com/top/reference/timestopics/subjects/a/architecture/index.html?ref=garden

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Acessibilidade também significa sustentabilidade!


Mais um ponto para a equipe brasileira do LEED Brasil.

Será incorporado um crédito especial (em estudo) para a questão de acessibilidade dos edifícios, tanto externamente quanto internamente.

A intenção é evitar que mesmo os prédios que não são atendidos pela Legislação Federal n. 10.048/00 e n. 10.098/00 possam ser construídos sem a possibilidade de acesso a deficientes físicos, tanto em edifícios, quanto em mobiliário, espaço e equipamentos urbanos.

Ou seja, poderá ganhar um ponto a mais pela execução das normas:

ABNT NBR 9050/04 -Normas gerais de acessibilidade em edificações

ABNT NBR 13994/04 - Elevadores de Passageiros – Elevadores para Transportes de Pessoa Portadora de Deficiência

ABNT NBR 9077/01 - Saídas de emergência em edifícios;

ABNT NBR 15250/05 - Acessibilidade em caixa de auto- atendimento bancário;

ABNT NBR 15290/05 - Acessibilidade em comunicação na televisão.

Ótimo incentivo, pois a nada é sustentável sem a inclusão de todos no processo.


Para saber mais:

http://www.mpdft.gov.br/sicorde/abnt.htm

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Aquecimento de Água Brasileiro - Solar!



O LEED - sistema de certificação americano para pontuar green buildings, está sendo adaptado aos padrões brasileiros. E um crédito que não existia na versão original do Tio San é relativo ao Aquecimento de Água.


Aqui se está propondo um ponto a mais na certificação, caso opte-se pelo uso de Aquecedores Solares (SAS - Sistemas de Aquecimento Solar) ou por meio de sistemas de recuperação de calor para aquecimento de água atendendo pelo menos 50% da demanda.


Nada mais lógico que num país como o nosso, com sol abundante e um excelente, mas dispendioso hábito pelo banho diário, venha a fazer total sentido a inclusão deste crédito.


Os dados são os seguintes: no Brasil, 7% do consumo de energia elétrica é proveniente do aquecimento de água para banho, chegando a 18% nos horários de pico. Além disso, 70% dos domicílios brasileiros tomam sua ducha com água aquecida via energia elétrica.


Excelente inclusão, que visa a reduzir estes percentuais, reduzindo ao longo prazo a necessidade de novas usinas, assim reduzindo impactos ambientais e emissões de gases do efeito estufa.


Parabéns ao GBC Brasil pela iniciativa.


Agora vale você ir atrás do seu equipamento, que deve ser certificado pelo QUALISOL - Programa de Qualificação de Fornecedores de Aquecimento Solar - e o projeto e instalação devem serguir as normas ABNT/NBR 15569:2008.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pegada de Carbono - o que é isso?


Abaporu - Tarsila do Amaral


Um item super falado nas questões de sustentabilidade é quanto mede a sua pegada de carbono. Como uma pegada na terra, que deixa marcas sobre tamanho, peso e características do animal que acabou de passar por ali, a pegada de carbono mede o quanto de dióxido de carbono nós produzimos diariamente nas nossas vidas. Ela faz parte de um conceito mais amplo, que é a pegada ecológica como um todo, mas podemos medir com cálculos simples e tabelas que consideram o consumo de energia, combustíveis gastos em carros e viagens;

Para quê isso? Bom, a pegada compara o que consumimos de recursos em relação com que a terra consegue regenerar deste consumo. Hoje, a pegada ecológica da terra está 23% acima de sua capacidade. Isso que dizer que se precisa de um ano e dois meses aproximadamente para recuperar o consumo de um ano.

O quanto é a sua? Calcule nos seguintes sites:
Resumido:
Mais completo, dá para selecionar o país, região, etc.:

Para saber mais:

Fonte da Imagem: http://br.geocities.com/trabalhoalunos/tarsila.htm

terça-feira, 14 de abril de 2009

Xeriscaping - Paisagismo a seco!

Eu amo jardins, plantas e flores. Adoro ter vasinhos de temperos na janela da cozinha, para fazer aquele pesto com manjericão fresco ou uma pitada de sálvia na batata cozida. Flores, então, nem se fala. Para mim, casa sem flor é casa sem amor. No entanto, sabemos o quanto é difícil manter jardins e vasos bem cuidados sem a irrigação necessária. E nisso sou uma negação. Esqueço de molhar, ou afogo as plantas. Um horror. Ao contrário da minha mãe, que pode ser chamada de “dedo verde” (qualquer galhinho seco que ela planta cresce que é uma beleza), meus dotes paisagísticos são bem precários. Comecei a ir atrás de verdes mais robustos e sem tanta necessidade de manutenção.


Além disso, usar água potável para molhar plantas e jardins é um desperdício total! Flores não precisam disso para serem lindas, até pelo contrário, quanto mais nutrientes melhor. Existem várias alternativas para irrigação sem utilização da água da torneira, como captação da água da chuva, telhados verdes, etc (já coloquei alguns posts aqui sobre isso). Mas e quem não pode usar estes sistemas e não tem controle no seu prédio, condomínio, etc, sob a forma de captação e uso da água¿


Uma forma simples de resolver um jardim legal e gastar bem menos água é utilizar plantas que em primeiro lugar sejam nativas do local, ou seja, que já estejam naturalmente acostumadas com o volume de água, as variações das estações, níveis de umidade e fator solar. Mais ainda, segundo a linha do “xeriscape”, movimento que foi lançado no final de década de 70 nos EUA, o bom é utilizarmos plantas que necessitem de pouquíssima ou quase nenhuma quantidade de água adicional e agrupadas de acordo com a necessidade e intensidade de água (quem precisa de menos, leva menos, quem precisa de mais leva mais).

A palavra foi uma invenção dos paisagistas da cidade de Denver no estado do Colorado, em que juntaram “xeros” – seco em grego e o final da palavra “landscaping (paisagismo). E pegou mesmo, tanto que lá é lei em alguns estados (especialmente os mais áridos) a usar este tipo de plantas para os jardins. O movimento prega ainda a troca dos grandes gramados, que consomem toneladas de água, por formas alternativas de vegetação.

Para quem não pode cuidar sempre do jardim e quer colaborar de verdade com a redução no consumo de água, mas quer ver um pouquinho de natureza, é o ideal. Na minha varanda, acabei optando pelo uso de suculentas em vasinhos nas paredes, bem como agaves e cactus nas floreiras. Claro que no Brasil temos chuvas e recursos hídricos na maior parte do país e a nossa água ainda é barata, mas não custa nada começar a pensar diferente. Porque não ao invés de largar aquele gramadão todo, mesclar com alguns canteiros de plantas mais econômicas¿ Fica bonito e criativo.


Outros nomes para este tipo de utilização de plantas: "Drough-Tolerant Landscaping", "Zeroscaping" e "Smart Scaping".

Aqui vai uma listinha de sugestões de plantas que podem ser utilizadas sem tanta irrigação:

• Cactáceas (cadeira-de-sogra, urumbeta, coroa-de-frade, orelha-de-coelho, etc)
• Agaváceas (agave, agave-dragão, piteira-do-caribe, iucas, etc)
• Crassuláceas (babosa, rosa-de-pedra, calanchoê, calanchoê-fantasma, etc)
• Aizoáceas (Rosinha-de-sol, Litops, Cacto-argarida, etc)
• Bromeliáceas (de folhagem estreita, acinzentada e espinhenta)
• Euphorbiáceas (cacto-candelabro, etc)
• Lamiáceas (alecrim, lavanda, etc)
• Asclepiadáceas (estapélia, etc)
• Asphodeláceas (bulbine, lírio-tocha)
• Algumas palmeiras e árvores de regiões desérticas (barrigudas)

Obs: cuidem com as que retém muita água parada, como as bromélias – potenciais piscininhas de dengue - Jardim de fácil manejo não quer dizer descuido total! Hehehe...

Fontes:
http://www.jardineiro.net/ http://landscaping.about.com/cs/cheaplandscaping1/a/xeriscaping.htm http://coloradowaterwise.org/

Catálogo Sustentável - FGV

Uma das formas bem simples de saber se você está comprando um produto sustentável, ou se quer saber onde encontrar o que precisa e não sabe aonde, é o Catálogo Sustentável elaborado pelos especialistas do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (GVces).



Eles fazem uma extensa pesquisa entre produtos e serviços que sejam sustentáveis dentro de pelo menos um dos seguintes critérios de avaliação:



- Metodologia do Ciclo de Vida do Produto;
- Legislação ambiental;
- Literatura nacional e internacional sobre impactos ambientais, ciência ambiental, produção sustentável e consumo sustentável;
- Sistemas de gestão e certificação ambiental.



Eles salientam que estes critérios devem se diferenciar da média das práticas de mercado e cada um dos critérios atendidos não pode prejudicar ambientalmente outro (ex: um produto que não agride a camada de ozônio mas provoca altas emissões de gas efeito estufa). Além disso não são e nem pretendem ser um selo verde, mas um indicador geral.



Aos poucos, conforme o mercado for exigindo, estes critérios e suas combinações podem até tornar-se mais rigorosos, mas por enquanto, a equipe técnica da GV optou por produtos que atendam ao menos um dos itens acima, para facilitar a entrada de produtos nas compras sustentáveis, viabilizar mesmo e desta forma educar aos poucos o consumidor.



Além disso, são vários os critérios analisados, como:
- Produção orgânica;
- Eficiência energética;
- Origem renovável;
- Toxicidade
- Biodegradabilidade;
- Menor grau de periculosidade;
- Gestão de resíduos;
- Impactos Globais;
- Racionalização;
- Rastreabilidade (como certificação florestal, por exemplo).



Conforme eles descrevem no site: "O Catálogo Sustentável não busca estimular o consumismo de nicho, mas auxiliar o consumidor consciente, seja ele indivíduo ou organização, na busca de alternativas mais sustentáveis no mercado de bens e serviços. Objetiva-se facilitar, simplesmente, o acesso do consumidor a fontes potenciais de produtos ou serviços gerados segundo princípios éticos em prol da promoção do desenvolvimento sustentável."




Ótimo trabalho e iniciativa.
O site é bem fácil de usar, com layout clean e eficiente. Guardem nos seus favoritos!


quarta-feira, 8 de abril de 2009

LEED também envolve Compras Sustentáveis

Pois é. Uma das bases da sustentabilidade é gastar, usar, comprar, enfim, consumir o menos possível de forma a não desgastar os recursos em geral para o futuro.


E um dos itens a serem considerados no sistema LEED para controle da operação e gerenciamento de Prédios Existentes, são as compras sustentáveis.


Para isso, existem créditos que pontuam para esta certificação envolvendo análise e controle de compras de praticamente tudo que é consumido ao longo de um período de tempo na edificação: desde material de escritório (lápis, papéis, canetas, cartuchos de impressoras) até mobiliário, material de construção para ampliações e reformas e inclusive alimentos!


Isso é excelente, pois além de assegurar que parte dos consumos do edifício ao longo do tempo serão adequados, cria-se uma cultura na empresa, no condomínio, nos usuários do edifício.


O prédio "verde" nem sempre é "verde" sozinho. As pessoas envolvidas na sua construção, operação, manutenção é que são a forma viva da equação. E elas tem que estar envolvidas no processo.


Não basta somente termos um prédio perfeitamente green, certificado e seu uso não ser compatível;


Deve-se criar a cultura, educar a todos sobre como deve funcionar uma edificação mais sustentável. E averiguar os consumos mais básicos é uma forma excelente de chegar mais perto dos usuários. Nem todos sabem ou precisam saber como funciona a manutenção do telhado verde, ou qual a frequência de troca dos filtros do ar condicionado. Mas todos usam canetas, tomam café na hora do intervalo, bebem água, vão ao toalete, enfim, vivem o prédio de forma mais corriqueira. E quando todos entenderem que o copinho descartável deve ter um fim adequado, a cadeia aumenta, aumenta e cria-se uma cultura de ver e agir de forma mais sustentável.


Em tempo: o sistema LEED tem vários sistemas de certificação, para diferentes tipos e momentos de edifícios. O sistema que controla a operação do prédio existente se chama: LEED 2009 para prédios existentes: Operações & Manutenção. Além das compras, ele também tem créditos que asseguram os descartes destes materiais.


Para saber mais:






terça-feira, 7 de abril de 2009

Lelé - Arquitetura Brasileira e Sustentável na Concepção do Edifício

Hospital Sarah Kubitschek (Salvador), projeto de João Filgueiras Lima/Divulgação


Impossível falar de arquitetura sustentável no Brasil sem destacar a importância fundamental do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé. Ele que além de ter colaborado de forma intensiva desde o início das construções de Brasília junto à Lucio Costa e Niemeyer e precursor do uso de sistemas construtivos pré-moldados, fez uso excelente da iluminação e ventilação naturais em seus projetos.

Seus conceitos de iluminação e ventilação natural são extremamente bem resolvidos nos Hospitais da Rede Sarah Kubitschek (entre outros de seus projetos), em que a existência de coberturas em sheds faz com que os sistemas estejam integrados e unidos.

Esquema explicativo do sistema de ventilação do hospital:baixo consumo de energia e ótimo conforto térmico.


Um dos princípios básicos da sustentabilidade é consumir menos, ou de forma controlada, a fim de não prejudicar as necessidades futuras. E arquitetura deve (ou deveria) colaborar com isso, utilizando-se da própria concepção do espaço construído como uma forma de prover o máximo e melhor possível das necessidades de abrigo, iluminação, proteção, ventilação e conforto, minimizando ou até mesmo eliminando os recursos mecânicos e artificiais.



Vista Aérea Hospital Sarah Rio de Janeiro - Fonte: My Zoom

Infelizmente, por isso que coloco o "deveria" acima, raramente são observadas maneiras simples de compor a arquitetura com as leis físicas da natureza em nosso benefício. Entrar a luz visível para termos claridade no ambiente e não necessitarmos de iluminação artificial - sim, extremamente bem vindo! Mas o componente calor que está presente na luz solar - não, pois como ele aumentamos a necessidade de refrigeração. Aumentar a ventilação sim, especialmente em nosso clima na maior parte do país quente e úmido, mas saber controlá-lo de forma a manter aquecimento quando necessário também é importante. Ou seja, não adianta acrescentarmos vidro indiscriminadamente sem proteção adequada. Não adianta não nos preocuparmos com a orientação e localização do prédio. Deve-se sempre ver o todo, entender a dinâmica entre o entorno e o edifício.



E este grande arquiteto nos apresenta soluções que além de eficientes para resolução dos sistemas da edificação possuem uma linguagem única, beleza plástica e solução integrada com os programas de necessidades dos prédios que executa.

Hospital do Aparelho Locomotor, Salvador-BA, de João Filgueiras Lima, o Lelé: na foto, a área de espera para atendimento.Foto: TEC. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/hospitais-anos-90-08-02-2001.html



Nos projetos da rede Sarah são usados para incrementar ainda mais esta eficiência jardins internos, em diferentes níveis. Com isso, atende não somente as necessidades físicas, mas também um importantíssimo composto para o bem estar que devem estar presentes num green building: as visuais, a natureza presente no espaço, o intercâmbio entre o espaço interno e externo.

Fonte: www.vitruvius.com.br


Que ele inspire mais qualidade, mais harmonia. Estamos precisando!


Para saber mais:

Livro:
João Filgueiras Lima - Lelé. Editora: Editorial Blau. Edição: 1ª


Fontes:
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq064/arq064_03.asp
http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/1689,1.shl
http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/175/architekton-lele-o-mestre-da-arte-de-construir-104932-1.asp