quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Greenbuild Expo 2009 - Daniel Wildcat

"The knowledge that we need is not inside the box, it´s outhere, in the nature"




Daniel Wildcat - Palestrante da manhã de hoje no Greenbuild EXPO 2009



Hoje assisti uma palestra que não era ligada diretamente ao assunt0o greenbuilding, mas foi perfeita para ver o ponto de vista de alguém realmente ligado à terra em que vive através de suas origens culturais.
Daniel Wildcat é um grande expoente da cultura indígena americana. Professor da Universidade do Kansas, ele faz a interface entre os indígenas mais velhos e os mais novos, hoje já engenheiros, médicos, etc. Com isso, consegue conjugar as inovações tecnológicas e herança cultural sem prejudicar o meio ambiente.
Segundo ele, a tecnologia só é valida se atende os três "C´s":
1- Comunidade - deve estar diretamente inserida na comunidade em que será aplicada (e isso vale para as contruções e todas interferências do ser humano em seu habitat!!)
2- Comunicação - instruir, explicar e passar adiante o conhecimento, as razões, o porquê das mudanças. Se disseminar as informações é impossível atender às reais necessidades das pessoas
3- Cultura: fundamental atender os costumes, as maneiras de ser da comunidade em que se vai construir, inovar. Aproveitar o conhecimento local é fundamental;.
E tudo isso sobre um denominador comum: o meio ambiente.
Devemos aprender com o meio ambiente. Somente olhando-se para fora é que se pode pensar depois para dentro.

Lições de quem tem raízes profundas com a terra e entende seu povo...

Vejam seu discurso no dia da terra:



quarta-feira, 7 de outubro de 2009

COV=VOC´s - O que são e como minimizar seus efeitos?

Os COV - Compostos Orgânicos Voláteis (sigla comumente vista como "VOC" que em inglês significa "Volatile Organic Compound") são substâncias que podem ser naturais ou sintéticas e são presentes em diversos produtos do nosso dia a dia, tais como tintas, solventes, adesivos, móveis de MDF sem revestimentos,
entre outros.


Estes gases, que normalmente podem ser até percebidos pelo seu odor (sabe aquela sensação de uma casa recém pintada?), se presentes de forma muito concentrada podem trazer diversos malefícios à saúde.
Aqui no Brasil, os fabricantes de tintas já não podem usar chumbo nos seus produtos (máximo de 0,06% do peso total), o que já é um grande avanço, mas muitas tintas, mesmo as base d´água, ainda carregam consigo porcentagens nada saudáveis destes gases.



Formaldeído




Uma das formas mais comuns dos COV é o gás metano, que é a fonte primária de gás natural e produzido naturalmente por áreas lagadas, ruminantes como gado e queima de biomassa, como a da madeira.



Metano



No entanto, a forma mais prejudicial são os Formaldeídos, cuja fórmula química CH2O é uma das maiores causas da "Sindrome dos Edifícios Doentes".
Pois são justamente os locais em que passamos a maior parte do nosso dia, nossos escritórios e residências, que contém a maior parte dos produtos que emitem estes gases. Em 1984 a "World Health Organization" indicou que até 30% das edificações podem fazer com que as pessoas tenham esta síndrome.



Os sintomas vão desde irritação nos olhos, nariz e garganta, dores de cabeça, irritações na pele, problemas de saúdes relacionados às neurotoxinas, reações alérgicas e hipersensíveis, alterações de paladar e de odores.



Ok, mas como fazer para minimizar estes efeitos?



1- Compre materiais menos tóxicos. Procure empresas que atestem que seus produtos são livres ou mesmo com baixos índices de emissões de COV´s. Se tiverem selos e certificações, verifiquem a origem dos mesmos. Cuidados especiais devem ser tomados com os seguintes materias:
Tintas
Solventes
Colas e Adesivos
Carpetes recém colocados
Móveis em MDF sem acabamento ou pintura (sim! O nosso querido MDF é um dos grandes vilões emissores de gases tóxicos)
2- Ventile ao máximo! Além disso, se vocês está construindo, reformando ou entrando em uma nova e linda sala de escritórios, matenha por um bom período de tempo as janelas todas bem abertas, procurando ventilar o máximo possível o ambiente.
3- Evite contato seguido com salas de copiadoras tipo xerox, entre outras. Elas emitem uma quantidade enorme desses gases. Nunca mantenha estas salas fechadas ou sem ventilação.



Construção Sustentável é também Construção Saudável!



Fontes:


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Greenbuild Expo 2009



Este ano, a maior feira e evento mundial do LEED, a Greenbuild Expo em Phoenix no Arizona, será de três dias intensos de palestras, eventos, exposições, apresentações de fornecedores do mercado verde, entre outros.



Além de palestrantes estrelados e proenientes de diversas áreas como Al Gore, Sylvia Earle (Exploradora da National Geographic), Arthur Rubinfeld (Starbucks), Josh Bernstein (Explorador, Discovery Channel), inúmeros profissionais de vários países discutirão as novidades para a construção sustentável além de debates para encontrar soluções aos problemas.



O movimento da construção sustentável já abrange o mundo todo e acredito que cada vez mais profissionais serão engajados nesta visão de que devemos projetar para o futuro, com maior qualidade, menor impacto ao meio ambiente e melhor qualidade de vida.



O LEED não é a única ferramenta de auxílio para classificar o que é realmente uma construção verde, tampouco perfeito, mas é um dos bons caminhos para trilhar e iniciar este movimento.
Para quem quiser saber mais e talvez participar deste evento, seguem os links:






Vídeo Oficial do Evento:






Ah, sim! Postarei a cobertura do evento trazendo todas as novidades!


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Água de beber!


Moringa tradicional em barro da cidade de Maragopipinho-BA




Mais uma de água, desta vez de beber mesmo! Fiquei feliz da vida com a minha mais nova aquisição, uma moringa de vidro para usar no escritório.


Garrafa com copo da ARTHome


Na verdade, ela é mais uma garrafinha de vidro com o copo acoplado do que verdadeiramente uma moringa, que é tradicionalmente feita de barro para resfriar e tratar a água. Mesmo assim, vale a intenção: além de design super clean e prático, é de vidro: material facilmente reciclável.
Bem melhor do que usar garrafinhas de plástico, que além de serem mais prejudicionais ao meio ambiente, têm maior poder de absorção de microorganismos, que com o tempo e vários usos podem prejudicar a qualidade do água que você está bebendo.

Existem vários modelos lindos em diversos materiais. Escolha a sua e deixe as PETs de lado!


Moringas de cerâmica da Rosa Mundo

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Lixo Eletrônico - Descarte adequado

Uma das coisas que há uns 10 anos atrás nem pensávamos que teríamos em abundância em nossas casas é o lixo eletrônico.Eu tenho uma sacola cheia e fiquei bastante tempo sem saber onde descartar tudo de forma adequada.





A cada troca de mouse, computador, celulares e impressoras, acumulamos baterias, carregadores e equipamentos que nem sempre são uteis para nós e que não podem ser colocados no lixo comum e muitas vezes nem mesmo nos reciclados.





5 Dicas para diminuir o volume do seu lixo eletrônico e descartá-lo de forma adequada:


1- Compre menos: não precisamos trocar tudo sempre. Segure um pouco os apelos da sua operadora para trocar seu celular a cada vez que surgirem novos modelos. Aquela velha impressora talvez não seja a melhor para a suas fotos, mas talvez pode ser muito útil ainda para seus textos de rascunhos. Pense bem antes de comprar e se realmente necessário, já pesquise o fabricante, veja se ele aceita produtos antigos de volta.



2- Conserte: sabemos que muitas vezes é difícil achar quem possa consertar um velho aparelho. Mas informe-se com seus amigos. Pode ser que o valor seja um pouco alto, mas pense que ao consertarmos algo que valha a pena, contribuímos para um menor uso de matérias primas;



3- Doe: pode ser que seu computador não lhe sirva mais, mas pode ser extremamente útil a outra pessoa. Além de aumentar a vida útil do produto, você pode ajudar a alguém que não teria condições a ter acesso a ferramentas de educação e trabalho.



4- Recicle: veja nos sites abaixo onde que você pode levar seus eletrônicos para reciclagem.
http://www.lixoeletronico.org/ http://www.ambiente.sp.gov.br/mutiraodolixoeletronico/dicas_locais.htm http://lixoeletronico.org/


5- Retorne: veja se o fabricante dos produtos que você deseja descartar aceita um antigo de volta. Alguns até fazem campanhas em que pode-se ganhar descontos para um novo produto. Pesquise, vale a pena.



Aproveite!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Patrimônio ao Sul





Estive em Montevideo recentemente e como sempre me encantei com centro antigo e seus belos edifícios. Muitos estão precisando urgentemente de um retrofit, mas em algumas áreas já podem-se ver reformas, obras e inserções de equipamentos urbanos para revitalizar esta área histórica e seu entorno.


Ser sustentável também é preservar o que já existe, o que já está consolidado em nossas cidades. Normalmente, os centros antigos já possuem uma grande rede de transporte público consolidado, grande parte dos serviços, locais de lazer e estudo. Ao concentrarmos tudo isso, evitamos as grandes distâncias, o uso do carro, nos integramos com a vida urbana. E mais, revitalizar um centro antigo traz vida e dinâmica verdadeiras às cidades.


É fundamental preservarmos nosso patrimônio e história. E lá, por ter sido uma importante cidade da América do Sul no início do século XX, tem excelentes exemplares arqutetônicos.







Fotos: Juliana Dreyer

Criatividade vale tudo: casas recicladas


Photo: Michael Stravato for The New York Times



Um senhor chamado Dan Phillips iniciou 12 anos atrás a sua construtora, a Phoenix Commotion, que tem um princípio diferente: usar basicamente materiais reciclados e de reúso em todas as suas obras.




Photo: Michael Stravato for The New York Times


Nas 14 casas que foram construídas até o momento, cerca de 80% de todo material de construção é de reaproveitamento! Além da economia de recursos naturais, eles usam estes materiais que iriam para o lixo, de forma extermamente criativa.



Photos: Michael Stravato for The New York Times



As casas ficam diferentes e personalizadas. Os materiais e objetos são provenientes dos mais diversos locais, desde construções antigas que serão demolidas, lojas que colocaram seus estoques fora (como as incríveis molduras que servem de forro para uma das casas) e inclusive nos bares da cidade, para recolher as rolhas e garrafas que servem como revestimento e piso.




Photo: Michael Stravato for The New York Times


O interessante é que os futuros proprietários acabam se envolvendo pessoalmente no processo de encontrar os materiais e na construção.






Photo: Michael Stravato for The New York Times



Seja criativo, dê um uso diferente para o que iria para o lixo!


Fonte: New York Times
http://www.nytimes.com/slideshow/2009/09/02/garden/20090903-recycled-slideshow_10.html